Cápsula, cerejeiras e kimonos

Hoje deixamos nossa linda Tokyo e fomos para Kyoto de Shinkansen, o pai de todos os trens bala. Lindo, organizado e limpo como tudo que vi no Japão.

Fomos abençoados por Buda porque conseguimos ver da janela do trem o cartão postal do Japão, o Monte Fuji, geralmente ele está encoberto de nuvens, mas hoje o céu estava mais limpo. A senhorinha que estava do meu lado se preocupou em me mostrar todas as vezes que o Fuji aparecia. Ela tentava me explicar em japonês um pouco do monte e se desculpava reverenciando - "sorry, no ingrês". E eu pensava, eu é quem queria falar essa língua para poder dizer a todos os japoneses a minha impressão desse país fantástico.


 A viagem durou 2 horas e meia e depois que conheci o Japão eu nunca mais vou falar horário britânico, agora será horário nipônico. O trem saiu 11:33 exatamente como estava planejado. E soube que quando atrasa eles ficam se desculpando em toda estação que para, isso acontece inclusive com metrô, porém como não entendo japonês, não sei se já aconteceu comigo. Chegou a hora do almoço, então vamos ao nosso bentô (que é a marmita japonesa). A preocupação como visual é impressionante, imagina eu mostrar uma foto de uma marmita no Brasil, macarrão com salada de batata, arroz, feijão, carne e farofa tudo junto misturado.




Chegando em Kyoto fomos procurar o nosso hotel cápsula, porque ficar em hotel comum é para os fracos! kkkk Na verdade essa é uma versão mais light do cápsula, porque fiquei com medo de ficar claustrofóbica. Na foto abaixo é o comum:
A história desses hotéis é a seguinte: os japas começam a tomar um sakêzinho, que ninguém é de ferro, cantar no karaokê e esquecem da hora, porém os metrôs não funcionam depois de meia noite e andar de táxi é muito caro aqui no Japão. Aliás, aqui tem o melhor sistema de transporte do mundo, mas também o mais caro. Falta de espaço, precisavam de um lugarzinho só para dormir... Pimba! Criaram essas cápsulas. E inclusive todos os amenities são inclusos, desde roupinha para dormir, shampoo, sabonete líquido, condicionador, escova de dentes com pasta, chinelinho... Tudo! Eu tinha que viver essa experiência, porém tinha que ser um melhorzinho e ai conhecemos o First Cabin que tem cápsulas maiores do que essas da foto acima. Olhem que coisa fantástica!
Recepção


Área para café

Quarto - a porta é uma cortina

banheiro de uso comum

Eu amo esses amenities.


Gaveta no quarto com trava

Roupinha para dormir e andar no hotel


Ahhh, esqueci de falar uma coisa importante! Homens em um andar e mulheres em outro. Chuveiros no andar do meio, mas só entra com o cartão de acesso e banheiros em todos os 3 andares. Tudo organizado, limpo e maravilhoso! Fazendo uma comparação grotesca, é um albergue de luxo. Eu amei!

E vamos para rua! Saímos em direção aos templos, porém errei o caminho e acabamos indo na direção oposta e parando no Castelo Nijo, mas foi muita sorte (valeu Buda!), pois este castelo nessa época tem uma iluminação especial para as cerejeiras. Eu já tinha lido que elas ainda usavam kimono, mas acho que neste dia liberavam a entrada no castelo para quem estivesse usando, porque tinha um monte de meninas lindas vestidas de kimono. O engraçado é que elas corriam para tirar fotos das cerejeiras e eu corria para tirar fotos delas. E não somente o kimono, mas existe uma grande preocupação com o penteado e tinham detalhes de cerejeiras ou no cabelo ou no brinco.



















Castelo Nijo by night

Branco omo :-)
Olha que lindo essa adesivação do metrô nas escadas.


Procurando por um lugarzinho para comer, encontramos literalmente do nada um templozinho.




Terminamos o dia em um restaurante de massa japonesa. Tinha uma foto de uma lasanha, pelo menos parecia! Quando chegou vimos que na verdade era um penne com molho de camarão e queijo ao forno. Viu? Quem mandou não falar japonês!
Kampai!









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